O ‘Liberdade para Pensar’ juntou Herman e Maria João Avillez, jornalista que em 82 assistiu ao despontar de um génio num dos célebres almoços no Pabe. Deu para falar de humor - Herman aplaude o estrondo chamado RAP, mas também vê muitos “peluches” -, do fim do Conselho da Revolução que naquele ano mandou os militares de volta aos quartéis, e das figuras que a política hoje oferece aos humoristas. "Costa não dá vontade de rir" e "Marcelo não precisa de ser caricaturado".
Em 1982, a Constituição revolucionária de 75 começou a ser mexida pela mão de Francisco Pinto Balsemão e Mário Soares. O Governo da AD vivia dias difíceis, política e economicamente, e a relação do Presidente da República, Ramalho Eanes, com o primeiro-ministro, Pinto Balsemão, era tão tensa que Belém inaugurou uma prática: dois gravadores em cima da mesa nas reuniões semanais.
O Papa João Paulo II veio a Portugal agradecer a Fátima ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato de que fora alvo no ano anterior em Roma. E a nível internacional o marco de 82 foi a guerra das Maldivas, que os britânicos venceriam sob a liderança de Margareth Tatcher.
Na música, 82 é o ano das Doce levarem Bem Bom ao Festival da Eurovisão. Ficaram-se pelo 13º lugar, mas puseram o país a dançar.
50 anos de História: o que se tira das manchetes do Expresso para o debate que importa fazer hoje? Todas as semanas, ao longo de 2023, Ângela Silva, Cristina Figueiredo e Paulo Baldaia partem ano a ano com convidados especiais: políticos, economistas, artistas, figuras que marcam a sociedade portuguesa. Ao todo, 50 debates sobre 50 anos de Portugal. Sem dogmas, para pensar o mundo. Todas as sextas-feiras, com Liberdade para Pensar.