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Ensaio

O Ocidente regressa a casa: o presidente Chirac, o general Petraeus e o meu “relatório afegão” (por Bernard-Henri Lévy)

Duas décadas passadas desde o “relatório afegão”, o filósofo e ensaísta Bernard-Henri Lévy reflete sobre o que falhou no país, agora sob domínio talibã — "O mais lamentável é a mudança de paradigma que se vê aparecer à luz do dia. Toda a gente parece achar normal a vitória de uma visão das coisas em que a fraternidade já não tem lugar", considera

O autor (ao centro) com Gilles Hertzog (segundo a partir da direita) e Frédéric Tissot (à esquerda), numa aldeia na estrada para Bamiyan, em 2002
Marc Roussel

Bernard-Henry Lévy

Middle East Institute publica, em Washington DC, com um prefácio do antigo chefe de operações no Iraque e no Afeganistão, o general David Petraeus, o “relatório afegão” que, faz agora 20 anos, o Presidente Jacques Chirac fizera a honra de me encomendar.

Foi logo após o 11 de Setembro e o assassínio, dois dias antes, do comandante Massoud. Uma coligação internacional acabava de vencer os talibãs e o seu regime monstruoso.