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Opinião

A Apple injetou Ozempic no iPhone e quer os clientes a usá-lo com orgulho

O iPhone Air é o telemóvel mais fino de sempre da empresa de Cupertino, tem 5,6 milímetros de espessura, e a Apple está a publicitá-lo como objeto de desejo

O apelo da magreza extrema está de volta, mas desta vez não vive apenas nas passerelles. Parece ao alcance de quase todos, à distância de um clique numa caneta de semaglutido. As notícias sobre celebridades a utilizarem Ozempic - o mais conhecido desta classe de medicamentos - parecem perder o fôlego à medida que a toma se generaliza. Só não se esperava que fosse Serena Williams a fazer do hábito uma moda. Muito menos que fosse uma empresa tecnológica a reforçá-lo.

Se a tenista se tornou embaixadora de uma empresa de telessaúde e perda de peso - que recorre às injeções de semaglutidos nos seus utentes -, a Apple desenvolveu um telemóvel que transporta esse ideal de magreza para um smartphone. Acabar com o iPhone Plus na linha deste ano - ao iPhone Air juntam-se o iPhone 17, o iPhone 17 Pro e o iPhone 17 Pro Max - é outro sinal de que a Apple quer destacar-se na Ozempic-era, como a revista “Wired” cunhou esta nova fase. Os modelos ‘plus-size’ não são tendência e o termo foi abandonado, mesmo num telemóvel com 6,5 polegadas.