Quis o acaso que o Nobel da Economia de 2024, anunciado um mês antes da reeleição de Donald Trump para a Casa Branca, fosse para três economistas que “ajudaram a compreender por que alguns países são ricos e outros são pobres”. Daron Acemoglu, James Robinson e Simon Johnson são bem conhecidos pelo seu estudo do papel das instituições na prosperidade das economias. São elas que, na maior parte dos casos, decidem os sucessos e insucessos e determinam o bem-estar das populações. Os EUA têm sido, desde sempre, uma evidência viva desta realidade. Até agora, até Trump. O Presidente dos EUA tem-se esforçado bastante para destruir e descredibilizar as instituições. Os estragos são visíveis a cada dia que passa. As cheias no Texas e a forma como as equipas, depauperadas pelos cortes cegos de Musk, não as conseguiram antecipar nem reagir-lhes devidamente é apenas o exemplo trágico mais recente. Mas há mais, muito mais, por onde correr mal.
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A independência dos bancos centrais é fundamental. Trump quer retirá-la à Fed. Deve preocupar-nos a todos