O idiota do meu algoritmo — sempre ele — há semanas que me anda a enviar vídeos de figuras públicas brasileiras indignadas com o fenómeno dos bebés reborn no seu país. Resolvi espreitar. As televisões portuguesas pegaram no assunto e trouxeram a estúdio psicólogos e especialistas de saúde mental cheios de alertas: que não se devia criticar, que era melhor ser compreensivo com o fenómeno, que não se devia gozar, etc. O pressuposto era de que as mulheres/casais que se dedicavam a cuidar de um bebé reborn (um boneco de silicone sinistro, parecido de forma hiper-realista com um bebé) estariam a lidar com um processo traumático de perda.
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Bebés reborn e o teatrinho algorítmico
Os nichos emocionais tornaram-se espetáculos. O algoritmo dá a sensação de que são “fenómenos de massa”. Não são. Nem os bebés reborn