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Opinião

Venezuela e Moçambique: a inconciliável duplicidade portuguesa

Rangel disse que a sua ausência na tomada de posse de Maduro "tem um significado claro". Assim sendo, a presença na tomada de posse de Chapo também o tem. O governo pode lidar com as duas fraudes eleitorais e feroz repressão com princípios ou pragmatismo. Mas a sua posição é sempre de submissão: na Venezuela, a interesses de terceiros; em Moçambique, aos de quem governa o país. Não temos política externa, temos submissões externas

Não conheço os verdadeiros resultados eleitorais na Venezuela e em Moçambique. Desconfio, com fortes fundamentos e muita companhia, que foram muito diferentes dos anunciados. Nos dois casos, não foram garantidas as condições indispensáveis para o exercício da democracia. Não tenho, não tem a ninguém, razões para confiar na independência das respetivas comissões nacionais de eleições. Em resumo, houve fraude.