A situação é realmente trágica quando uma figura como Marco Rubio pode ser definida como moderada. Mas a verdade é que, sendo um falcão ao estilo neocon, o novo responsável pela política externa norte-americana não é pró-russo, ao contrário de outros futuros membros da equipa trumpista. Estará mais próximo da tradição de George W. Bush do que de Donald Trump. E a sua nomeação não é sinal de corte com a NATO. Não sendo um aliado de Putin, defendeu que Kiev deve procurar um acordo com Moscovo e desistir de recuperar território, sobretudo o que perdeu há mais de dez anos. A sua escolha dá, como sinal, não a vontade de apoiar Vladimir Putin, mas de acabar o mais depressa possível e a qualquer custo com a guerra.
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Ucrânia: último, decisivo e perigoso 'sprint' antes de congelar a guerra
A capacidade da Ucrânia vencer uma guerra convencional de alta intensidade é baixa. Impossível sem o apoio dos EUA. Agora, estão em jogo as condições em que negociará. Biden tenta dar força para um sprint final. Se for o caso, a guerra entrou na fase mais perigosa. Ainda mais quando, em Washington, quem toma decisões não vai ter de as gerir e quem as vai gerir discorda das decisões tomadas