A primeira dentada apanhou-me desprevenido. Quando os dentes afundaram no naco de pá porcina, rasgando o pão, a molhanga de alho e louro e vinho e banha escorreu-me pelo queixo e pelos dedos. Limpei-me e depois pensei como a vida é bela e a cozinha portuguesa também. À segunda dentada, soltei elevadas considerações culinárias. “Foda-se, foda-se, foda-se.”