Na minha casa da aldeia existe um sino de ventos pendurado num ramo da nespereira. Vai tilintando ao longo do dia, acordando-me dos meus pensamentos. O barulho delicado dos tubos ocos de metal lembra-me a atmosfera de um mosteiro budista. Desde que vim viver para o Alentejo sinto-me em paz. É outra vida espaçosa e lenta. Quando vou à cidade queixo-me de que há demasiada gente, demasiado trânsito, demasiada hostilidade.
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É a vida
A escritora escreve sobre a vida no Alentejo... para “fugir a coberturas mediáticas que aproveitam o desespero das vítimas”