Ontem, Noruega, da NATO, e Espanha e Irlanda, da União Europeia, juntaram-se aos 142 países que reconhecem o Estado da Palestina (na UE, são Bulgária, Chipre, Hungria, Malta, Roménia, Polónia, Eslováquia – a Chéquia recuou no reconhecimento – e Suécia, a que se juntam mais dois), ignorando assim uma espécie de veto da Alemanha que, fazendo outros pagar pelos seus próprios crimes, bloqueiam um passo fundamental para a resolução do conflito israelo-palestiniano. Esperam-se, nas próximas semanas, que outros países, como a Bélgica e a Eslovénia, sigam o mesmo caminho.
Exclusivo
Não reconhecer o Estado da Palestina é manter-nos numa ilha moral
Montenegro mantém Portugal na ilha de 48 países (em 193) que, dizendo defender a solução dos dois Estados, se recusam a reconhecer um deles. Não reconhecer o Estado da Palestina é aceitar a ocupação. Ao não acompanhar o movimento de vários Estados para retirar a Europa do isolamento moral em que se encontra, Portugal exibe, no momento em que somos visitados pelo líder da Ucrânia, com quem somos justamente solidários, o rosto cínico da incoerência