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Opinião

Um tiro nos pés, outro no SNS

Não é pela força mas pelos incentivos que se tem de garantir a permanência dos médicos. E muitas vezes não estamos a falar apenas de dinheiro, mas de condições para exercerem

Todos os anos, a despesa pública com saúde cresce a um ritmo que, com uma moderada dose de bom senso, se pode considerar insustentável. Em 1982, segundo dados da Pordata, a despesa do Serviço Nacional de Saúde por habitante era de 34,2 euros. Duas décadas bastaram para esse valor passar para 711,9 euros. 40 anos depois multiplicou-se por 41 vezes — 1410 euros. No mesmo perío­do, a evolução da riqueza produzida por pessoa cresceu 19 vezes.