No passado recente, tem predominado uma visão otimista sobre a situação e as perspetivas da economia portuguesa, com a celebração de pequenas vitórias que, não sendo de desprezar, não alteraram as suas condições estruturais. É o caso, entre outros, do aumento do peso das exportações no PIB, que tem levado inclusivamente alguns analistas a considerar que reflete uma mudança estrutural que dispensaria a adoção de políticas reformistas. Para lá de não corresponder à realidade, como se demonstra a seguir, traz consigo o risco da complacência e da inação.
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A estrutura e a conjuntura
Mais do que o volume de exportações, o que conta é o valor acrescentado dessas exportações