A crise da comunicação social em Portugal é de tal forma aguda que até quem nunca abriu um jornal já deu por ela. Despedimentos anunciados de dezenas (ou centenas). Acionistas desconhecidos em empresas históricas. Atrasos nos salários. Debandada de direções. Negócios que se perpetuam sem lucro nem racional. Dificuldades financeiras crónicas. Há incúria, má-fé, má gestão, azar, erros de cálculo, até mera inabilidade. Há de tudo. Coisas piores e outras menos más. Culpados, inocentes, incautos, incoerentes. Mas há também um denominador comum — uma tendência — que ajuda a explicar parte do problema: o modelo de negócio do jornalismo está em crise há anos e não vai mudar.
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