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Opinião

Dois réquiens pela maioria absoluta

Segundo Costa, “os portugueses não gostam de maiorias e só as dão a algum partido quando vão ao engano”. Leu bem: dar a maioria absoluta ao PS foi uma forma de levar os portugueses ao engano, dixit

A entrevista de António Costa à TVI tem uma particularidade que não pode ser ignorada. Não é o ajuste de contas com a PGR ou com o Presidente, nisso é somente uma repetição de matéria dada. Tão pouco é a insistência na nomeação de outra figura indicada pelo PS, dado que tal ideia peregrina esbarrava tanto na doutrina do próprio PS (quando Santana Lopes substituiu Barroso, por indicação do PSD, o PS opôs-se e exigiu eleições), quanto na palavra do Presidente, que já tinha afastado essa possibilidade desde o primeiro dia do governo. É outra e espantosa, a confissão de que a sua própria maioria absoluta foi o problema.