A discussão da regulação da produção e uso de canábis ganhou nova vida em vários países europeus. Em Malta serão brevemente implementadas as primeiras associações sem fins lucrativos para produção e consumo de canábis, na Alemanha discute-se a possível estrutura de futuros clubes de canábis e nos Países Baixos define-se a regulação da sua produção, clarificando finalmente o modo como esta chega às coffee shops. Em todos estes exemplos o uso de canábis por adolescentes e jovens adultos merece especial preocupação, não sendo permitida a venda a menores de 18 anos e limitando-se a percentagem de THC (principal princípio ativo da canábis) para os menores de 21. Em simultâneo, a regulação vem acompanhada de uma série de medidas de prevenção e redução de danos adaptadas ao contexto de cada região, que são uma janela de oportunidade para revisitar velhos paradigmas e implementar novas e melhores práticas.
Em Portugal esta discussão estará em breve de volta ao Parlamento, esperando-se que seja finalmente possível uma regulação responsável que proteja os utilizadores e faça recuar mercados ilícitos.