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Opinião

O Orçamento mais generoso do mundo... ou talvez não

Medina consegue a quadratura do círculo de baixar impostos e ter excedente. Podia ter ido mais longe? Podia, mas não era a mesma coisa

Não é preciso ser muito velho nem ter presente as crises do escudo para reconhecer um Orçamento de austeridade. Quem viveu os anos da troika sabe bem do que se trata. Desde então só temos vivido em contenção. Até agora. O Orçamento do Estado para 2024 é o que tem a maior folga desde que o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia aterraram em Lisboa na primavera de 2011. (Teixeira dos Santos recordou toda a história na última edição do Expresso.) Fernando Medina parte de um superávite este ano (0,8% do PIB) e dá-se até ao luxo inédito de fazer um Orçamento em que aponta já para novo excedente de 0,2% em 2024. Mas desengane-se quem pensa que viveremos tempos de ‘vacas gordas’. Nada disso. A prioridade do Governo são as “contas certas”, o que, na prática, é sinónimo de equilíbrio orçamental durante vários anos sucessivos.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.