Um dos problemas recorrentes de grandes momentos, seja de uma família, de um país ou de todo o mundo, é a apropriação que, posteriormente, se faz do seu significado. Cresci a pensar que os senhores barbudos da I República eram, por definição, apoiantes desse grande estadista que foi Afonso Costa, até perceber que não eram, e que Afonso Costa tinha cometido várias asneiras, algumas dolorosamente erradas. Porém, na minha juventude, a República era idílica, por ser o regime a contrapor à ditadura de Salazar, ao seu cinzentismo bolorento, à sua violência e, sobretudo, à guerra.
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