De acordo com especialistas, os algoritmos “são procedimentos não ambíguos, padronizados, eficientes e corretos”. Ou seja, o termo é mais um daqueles próprios da matemática e da computação que está a ter uma interpretação mágica nas ciências sociais e na política. Já há muito que vemos essa tendência de usar incorretamente conceitos, mas desta vez a sua utilização, com o devido respeito à senhora secretária de Estado, foi ridícula. Os algoritmos não preveem nada; apenas poderão determinar os passos necessários para resolver um problema, mas dependem inteiramente dos dados introduzidos.
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O algoritmo e a secretária de Estado
A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, é licenciada em Relações Internacionais, razão pela qual pode não saber o que é realmente um algoritmo. Só isso pode perdoar-lhe aquela intervenção infeliz onde disse “os dados, os algoritmos e as contas feitas, indicam que a área ardida que deveríamos ter devia ser 30% superior; ou seja, ardeu 70% daquilo que era suposto arder”