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Opinião

Israel, Pegasus e o jeito que ele dá

O que têm em comum o presidente do governo e a ministra da Defesa de Espanha, dezenas de jornalistas, 63 independentistas catalães, ativistas dos direitos humanos ou o jornalista saudita assassinado? Todos apanhados na teia de vigilância do Pegasus. A exportação desta arma de espionagem quase terrorista é aprovada pelo Estado de Israel. A venda a teocracias árabes funcionou como moeda de troca para o apoio na campanha contra o Irão e na normalização de relações

O que têm em comum o presidente do governo e a ministra da Defesa de Espanha, com dezenas de jornalistas, 63 independentistas catalães, ativistas dos direitos humanos ou o jornalista saudita assassinado no consulado de Istambul? Foram todos apanhados na gigantesca teia de vigilância montada com o auxílio de um software de vigilância de nível militar de origem israelita. O que torna o Pegasus distinto de todos os outros programas de vigilância é a sua capacidade para extrair todos os dados registados num telefone, permitindo mesmo escutar chamadas encriptadas, sem que o seu dono tenha de ativar essa extração com um link ou autorização similar.