O trabalho manual foi durante muito tempo associado ao passado e à pobreza. Trabalhar com as mãos era símbolo da insignificância social do trabalhador e o produto final não teria à partida grande valor. O que interessava era a máquina, o valor acrescentado era dado pela mecânica extra-humana. Só que algo mudou entretanto. Basta ver como pessoas bem nascidas têm hoje gosto em seguir profissões manuais, cozinheiro, cervejeiro, padeiro. Por outro lado, os consumidores mais ricos procuram produtos mais nobres e menos mecânicos, mais personalizados e menos estandardizados, mais verdes e amigos do ambiente, produtos feitos à mão com as técnicas artesanais.
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Handmade in Portugal
Só agora estamos a recuperar a ligação emocional e económica ao mar através, por exemplo, do surf da Nazaré; já é tempo de fazermos campanhas e narrativas em torno de outra ideia ou slogan: o melhor handmade é de Portugal; aquilo que em tempos foi um sinal de atraso pré-mecânico é hoje um acréscimo de beleza e valor acrescentado