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Opinião

Cansados, sobretudo de palermices

Não encontro melhor palavra do que ‘palermices’ para definir um conjunto de máximas, axiomas, proclamações e, infelizmente até medidas políticas, que apenas dão gás ao iliberalismo, à direita ultramontana e à esquerda hiperdemagógica

No passado domingo, Teresa de Sousa, sem dúvida uma das jornalistas que mais conhece, sabe, e interroga a Europa do ponto de vista europeísta, democrático e liberal (no sentido político do termo), escreveu um artigo no ‘Público’ intitulado “Não subestimemos Viktor Orbán”. Esta ideia é fundamental, porque subestimá-lo é não entender o que se passa; é querer fingir que ele é apenas uma espécie de alarve magiar que anda pela Europa a miná-la.

Compreender Orbán é saber que ele tem seguidores. Na Chéquia, ali ao lado, na Polónia (que afirma querer seguir os seus passos), na Eslovénia, e em alguns mais países, que aliás têm em comum terem-se libertado de ditaduras comunistas após a queda do muro de Berlim.