Não escondo que sou sócio do Sporting e me vi envolvido na destituição do anterior presidente, um populista de maus princípios em tudo contrastante com quem lhe sucedeu. É-me impossível ocultar a felicidade da vitória, ou a forma elevada como presidente, dirigentes, treinador principal, outros treinadores e jogadores e, claro, o roupeiro Paulinho, se portaram na hora do triunfo. Posto isto, há os arruaceiros do Sporting — de quem, aliás, Varandas começou, e bem, a tratar. Se todos sabem que eles existem (pelo menos desde o assalto a Alcochete, faz amanhã três anos), o que levou a Câmara (porque manda na via pública) a autorizar uma manifestação e ecrãs gigantes à Juve Leo? Não sabia que, atrás, viria a venda de álcool? Claro que muitos adeptos têm culpa por não medir o impacto da sua celebração, mas ainda que eu seja sportinguista, pergunto: de quem foi a responsabilidade da falta de planeamento, previsão e policiamento? Há muito sabem que, se a maioria vai lá com sensibilização, também há muito conhecem aquela espécie de hooligans que é necessário combater. Aqui posso falar de cátedra: sempre os combati (no meu e noutros clubes) e mais de uma vez tive de ser escoltado para não ser eu a vítima.