Sou a favor de que tudo se estude e tudo o que é possível saber se saiba. Penso que é um desejo ancestral do ser humano conhecer todos os pormenores do que o rodeia. Porém, não sei se o mal está nos estudos, se na forma como são divulgados, mas alguns deles parecem exemplos de tautologias, para não lhes chamar ‘óbvios ululantes’, na expressão do grande jornalista e escritor brasileiro Nelson Rodrigues.
Li em vários locais que a pandemia não é democrática, porque os mais letrados com empregos mais estáveis conseguiram, no geral, manter os rendimentos durante o tempo em que estiveram confinados. “Trabalho e desigualdades no grande confinamento”, um estudo feito por um organismo do ISCTE, diz que apenas 14% das pessoas mais qualificadas foram abrangidas pelo lay-off, e 55% destas tiveram possibilidade de teletrabalho.