Suponho que não existem muitas pessoas que tenham falado tão abertamente da vida privada quanto eu. Nada tenho a esconder, gosto da escrita intimista e habituei-me a ler autobiografias. Foi por isso que publiquei “Bilhete de Identidade”. Não estava à espera do alarido que a obra causou, nem, muito menos, das reacções, positivas e negativas, por parte de amigos, familiares e colegas. O meu propósito não era o de me exibir, mas o de tentar falar de mim e do meu país aproveitando os ensinamentos da sociologia. Aliás, e não é um pormenor despiciendo, foi numa cave de Kingston Road, em Oxford, que em dois verões sucessivos — o de 2003 e o de 2004 — escrevi o livro.
Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.
Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.