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Opinião

Suicídio assistido não é o mesmo que eutanásia

A noção, ainda em vigor em Portugal, de que os ateus e os agnósticos são uma cambada de imorais é absurda

No próximo dia 20 vai ser debatida no Parlamento a despenalização da morte assistida. Pelo meio nasceu um movimento que pretende ver a questão referendada, o que não aceito. Lançado por um grupo de cidadãos, intitula-se #Simavida, ou seja, quem não partilhe das suas opi­niões, como é o meu caso, fica com o rótulo de #Simamorte. Como se isto não fosse sufi­cientemente grave, eis como a pergunta é formulada: “Concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível pela lei penal em quaisquer circunstâncias?” Isto é desonesto, porque, ao introduzir um “ou”, tende a fazer crer que suicídio assistido e eutanásia são a mesma coisa, o que é um erro. Aliás, esta ambiguidade tem levado a imprensa a usar o termo “eutanásia” quando não é dele que se trata.

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