A Rússia e a Bielorrússia iniciaram hoje exercícios militares conjuntos nos seus territórios, assim como no mar Báltico e mar de Barents, quando há um aumento da tensão devido à interceção de drones russos na Polónia.
O Ministério da Defesa russo declarou, em um comunicado publicado na rede social Telegram, que estas manobras - intitulada "Zapad-2025" - representam "a etapa final do treino conjunto das Forças Armadas de ambos os países este ano".
Segundo o Ministério russo, os exercícios conjuntos tem o objetivo de "melhorar as capacidades", "melhorar o nível de interação e treino de campo" para "manter a paz, proteger interesses e garantir a segurança militar".
"Espera-se que os exercícios abordem questões relacionadas com a gestão de grupos mistos, regionais e de coligação para identificar um ataque contra o Estado da União, várias opções de ações conjuntas para neutralizar as ameaças e a estabilização da situação nas fronteiras", segundo o comunicado.
Assim, o Ministério russo explicou que durante a "primeira fase" destes exercícios serão simuladas operações para "repelir um ataque" contra a Rússia e a Bielorrússia, enquanto a segunda se concentrará em "restaurar a integridade territorial do Estado da União e derrotar o inimigo, incluindo a participação de grupos de forças da coligação de países amigos".
O Ministério da Defesa russo enfatizou que "grupos operacionais dos comandos e contingentes militares da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) e de outros países parceiros foram convidados para os exercícios", mas não forneceu mais detalhes.
Na sua conferência de imprensa de quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, sublinhou que estes exercícios, que terão lugar parcialmente perto da fronteira com a Polónia, "não são dirigidos contra ninguém", sublinhando que fazem parte da "cooperação militar" entre "dois aliados estratégicos".
O Ministério da Defesa russo declarou hoje, num comunicado publicado no Telegram, que "na noite passada, os sistemas de defesa aérea intercetaram e destruíram 221 drones ucranianos de asa fixa", referindo que foi o maior ataque aéreo lançado pela Ucrânia contra território russo nas últimas semanas.
O comunicado referiu que foram abatidos 85 drones sobre a região de Bryansk, cujo governador, Alexander Bogomaz, reportou sete feridos naquela zona, na fronteira com a Ucrânia.
O ataque aéreo ucraniano atingiu treze regiões na parte europeia da Rússia. Na região de Smolensk, os sistemas de defesa aérea abateram 42 drones e, na região de Leninegrado, 28. De acordo com o comando militar russo, os outros drones foram abatidos nas regiões de Kaluga (18), Novgorod (14), Oryol (9), Moscovo (9), Belgorod (7), Rostov (3), Tver (3), Pskov (1), Tula (1) e Kursk (1).
Os aeroportos de cinco cidades do lado europeu da Rússia, incluindo São Petersburgo, suspenderam temporariamente as suas operações devido ao ataque aéreo.
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