França passa por mais um momento de crise política com uma nova queda do Governo e a indicação de Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro. Nas ruas, franceses insatisfeitos com as ações do Presidente Emmanuel Macron e o corte de gastos proposto pelo Executivo prometeram “bloquear tudo”.
Forças de segurança foram mobilizadas para retirar os manifestantes que tentassem bloquear a circulação no país. Cerca de 200 pessoas foram detidas. Em Paris, a polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar pessoas que bloqueavam a entrada de uma escola secundária e impediu aproximadamente mil pessoas de entrarem na estação de comboios de Gare du Nord.
Noutras cidades, como Rennes, manifestantes incendiaram um autocarro, e houve casos de ataques contra polícias, disse o ministro do Interior francês, Bruno Retailleau. O governante alertou também que há o risco de protestos que devem ocorrer ao longo do dia serem infiltrados por radicais, fazendo com que as manifestações se tornem violentas.
“É a mesma merda, é a mesma coisa, é Macron que é o problema, não os ministros”, disse Fred, um dos manifestantes e representante sindicalista citado pela agência de notícias Reuters.
As manifestações ocorrem num contexto de crise política no país. Na segunda-feira, François Bayrou demitiu-se após uma moção de confiança ser chumbada no Parlamento. Sébastien Lecornu foi o escolhido por Macron para liderar o Governo a partir de agora. Este é o 5º primeiro-ministro do país desde as últimas eleições presidenciais, em 2022.