França

Homem matou professor à facada numa escola no norte de França

De acordo com informações de uma fonte da polícia francesa, o agressor terá gritado "Allahu Akbar" [Deus é grande] durante o ataque

PASCAL ROSSIGNOL/REUTERS

Um homem armado com uma faca matou hoje um professor e feriu gravemente duas outras pessoas, um professor e um segurança, numa escola secundária em Arras, no norte de França, segundo fontes da polícia e da autarquia local. O ataque causou ferimentos em vários funcionários da escola, mas nenhum aluno ficou ferido, segundo o jornal francês "Liberation".

O autor do ataque, refugiado russo de origem chechena e que terá cerca de 20 anos, é acusado de radicalização, segundo declarações de fonte policial à AFP. O seu irmão também terá sido detido próximo de outra escola, mas não estaria com nenhuma arma em sua posse.

O atacante foi detido, como informou o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, numa publicação na rede social X (ex-Twitter).

De acordo com informações de uma fonte da polícia francesa, o agressor terá gritado "Allahu Akbar" [Deus é grande] durante o ataque.

O suspeito estava a ser vigiado desde o verão pela Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI) e tinha sido alvo de uma verificação pelas autoridades, na quinta-feira. Uma fonte da DGSI, em declarações à AFP, afirmou que “as suas conversas telefónicas dos últimos dias não revelaram quaisquer elementos que pudessem indicar que estava prestes a agir”.

Um dos irmãos do atacante já fora condenado em abril por ter conspirado na preparação de um ato terrorista e encontra-se atualmente na prisão.

Os alunos tiveram de permanecer dentro da escola durante a manhã por ainda existirem "dúvidas sobre a presença de possíveis cúmplices”, afirmou Christophe Coulon, vice-presidente da região de Hauts-de-France, em declarações à rádio France Blue Nord.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, já se encontra no local e a primeira-ministra Élisabeth Borne cancelou uma viagem à cidade de Orléans, estando de regresso a Paris. A Assembleia Nacional também suspendeu o seu trabalho para mostrar solidariedade às vítimas.

A Procuradoria Nacional Antiterrorismo já está encarregada da investigação.

Texto de Eunice Parreira editado por Cristina Pombo

Notícia atualizada às 14h49