O chefe do Governo espanhol conseguiu do Congresso dos Deputados um balão de oxigénio que pode ajudá-lo a levar até ao fim a atual legislatura, que termina em 2027. Após a saída airosa, sábado passado, da difícil prova de submeter-se ao escrutínio do Comité Federal do seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), Pedro Sánchez conseguiu evitar que os seus aliados parlamentares lhe retirassem a confiança, o que forçaria a demitir-se e convocar eleições.
A comparência de Sánchez no Congresso dos Deputados foi propiciada pelos recentes escândalos de corrupção que afetam dirigentes socialistas. Um deles, Santos Cerdán, colaborador próximo do governante e antigo secretário de Organização do PSOE, está na prisão. Não foi por acaso que Sánchez anunciou um pacote de medidas destinadas a combater o mais grave problema da democracia espanhola.