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Espanha

Morte de dois guardas civis em Espanha: a impunidade do narcotráfico no Campo de Gibraltar

O assassínio de dois guardas civis em Espanha, vítimas de uma lancha de narcotraficantes, mostra bem a desigualdade de meios entre criminosos e forças de segurança. Reforço de meios está prometido para este ano

Barbate, na província de Cádis
Gonzalo Azumendi/Getty Images

Nunca tinham chegado tão longe. No passado dia 9 de fevereiro, ao entardecer, uma poderosa lancha semirrígida de 14 metros de comprimento, dotada de quatro motores de 300 cavalos cada, abalroou de forma intencional, após várias passagens intimidatórias, uma Zodiac de seis metros e motor de 80 cavalos. A primeira embarcação pertencia a narcotraficantes, a segunda à Guarda Civil.

Esta chegara com urgência de Algeciras, tripulada por seis agentes. Ao terceiro embate, a “goma” — como chamam na zona às narco-lanchas — acabou por passar por cima do outro barco e da sua tripulação, com um resultado trágico: dois guardas mortos e outros tantos feridos.