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O desertor russo Maxim Kuzminov foi assassinado em Alicante e o crime tem todos os sinais de ter sido obra de Moscovo

Espanha assegura “resposta contundente” caso se confirme que o militar morreu às mãos de um dos serviços secretos de Putin. Terá sido a primeira ação do Kremlin em solo espanhol

O piloto russo Maxim Kuzminov numa conferência de imprensa em Kiev, em setembro passado
Vitalii Nosach/Global Images Ukraine/Getty Images

Espanha considera um “assunto gravíssimo” o assassínio na localidade de Villajoyosa (Alicante) de um militar russo que desertou em agosto do ano passado e se entregou às autoridades da Ucrânia. Todos os indícios sugerem que Maxim Kuzminov (28 anos) foi liquidado por ordem de algum dos múltiplos serviços secretos da Rússia, diretamente vinculados a Vladimir Putin, outrora agente destacado do KGB na antiga Alemanha de Leste.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol, através de um porta-voz do gabinete de informação diplomática, assegurou que “caso se comprove o envolvimento russo, haverá resposta contundente”. Entretanto, o cadáver do capitão Kuzminov permanece nas câmaras frigoríficas do Instituto de Medicina Legal da capital alicantina, à espera que alguém o reclame.