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Espanha

Sánchez dá mais um passo ao encontro de Puigdemont, direita chama-lhe “traição a Espanha”

Fontes próximas da negociação avisam que “ainda há pontas soltas” até o socialista assegurar a investidura para novo mandato como primeiro-ministro, mas a ida de um dirigente do partido ao encontro de Puigdemont é sinal de que haverá fumo branco no final da estrada. Direita considera estar em curso uma “traição a Espanha”

Carles Puigdemont, em Bruxelas, na Bélgica
Thierry Monasse/Getty Images

Há imagens que revelam todo um discurso. Uma delas é a que foi captada esta segunda-feira, em Bruxelas, entre Carles Puigdemont, antigo presidente do governo autonómico da Catalunha (2016-17), e o número três do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), Santos Cerdán. Não houve declarações depois do encontro.

Puigdemont, para quem sempre foi primordial ver-se reconhecido como único interlocutor válido para resolver a questão catalã, não precisou de falar. Era questão de tempo, a sua única hipótese de voltar do “exílio” a que o próprio se condenou depois do referendo ilegal de 1 de outubro de 2017. A imagem era o gesto que esperava para os sete deputados do seu partido Juntos pela Catalunha (JxC) apoiarem a investidura do socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro.