Uma semana após o sismo de magnitude 7,7, Myanmar enfrenta uma grave crise humanitária, agravada pela ditadura militar que voltou a impor-se no país há quatro anos. Com epicentro a 40 quilómetros de Mandalay, o abalo – o mais forte a atingir a região desde 1956 – provocou 3354 mortes confirmadas, segundo a junta militar no poder na antiga Birmânia. Prevê-se que o número chegue facilmente aos 5 mil, à medida que as equipas de resgate trabalham em áreas mais remotas.
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“As vítimas do sismo estão a sofrer desnecessariamente”: bloqueios da junta militar em Myanmar impedem “esforços de ajuda e resgate”
“Se a junta cooperasse, [as operações] poderiam decorrer de forma mais fluida e eficaz”, lamenta birmanês no exílio em declarações ao Expresso. O sismo, que matou mais de 3300 pessoas (balanço provisório), ocorreu no contexto de um conflito civil em que o país mergulhou após o golpe militar de 2021