Um sismo com intensidade de 7,7 graus de magnitude na escala de Richter atingiu esta sexta-feira o noroeste de Myanmar (Birmânia), informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Há para já informação de que existem 13 mortos e 200 feridos, mas os números estão em atualização.
As autoridades tailandesas declararam o estado de emergência em Banguecoque, na sequência de um terramoto de magnitude 7,7, o maior dos últimos anos. Portugal está a acompanhar a situação provocada pelo sismo. À Lusa, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros português avançou que não tem indicação de portugueses afetados.
Foram registados danos em edifícios da capital da Tailândia, onde um arranha-céus de 30 andares, ainda em construção na zona norte da cidade, ruiu. Estão declarado três mortos e dezenas de feridos, vítimas da derrocada. A polícia e os médicos presentes no local, afirmam, avança o “The Guardian”, que 43 trabalhadores terão ficado presos, e algumas soterradas, quando o arranha-céus cedeu.
De acordo com a Agence France-Presse (AFP), o edifício, situado no norte da capital tailandesa, ficou reduzido a um emaranhado de escombros e metal retorcido.
Em Myanmar, na região de Sagaing, a sudoeste de Mandalay, ruiu também uma ponte e alguns troços da autoestrada que liga à cidade de Rangum ficaram igualmente danificados. Os habitantes de Rangum abandonaram as casas quando o terramoto ocorreu.
Há um elevado número de vítimas a acorrer ao hospital de Naypidaw, a capital de Myanmar. Um funcionário do hospital disse à France-presse que alguns dos feridos estão a ser tratados no exterior das urgências.
Pânico nas ruas
Houve também uma torre de escritórios no centro de Banguecoque que balançou de um lado para o outro durante pelo menos dois minutos, com portas e janelas a rangerem ruidosamente, segundo testemunhas. Tendo centenas de empregados saído pelas escadas de emergência. Há funcionários com kits médicos a apoiar pessoas em pânico.
Testemunhas em Banguecoque contaram à agência Reuters que houve pessoas a correr para as ruas. Algumas delas são hóspedes de hotéis, e encontravam-se vestidas com roupões de banho e fatos de banho.
O presidente da Índia já veio oferecer assistência ao Myanmar e à Tailândia. "A Índia está pronta para oferecer toda a assistência possível. A este respeito, pedi às nossas autoridades que estejam disponíveis", afirmou Narendra Modi, presidente da Índia, na rede social X, sublinhando que estar a "rezar" pela "segurança e bem-estar de todos".
“Pedimos que as nossas autoridades fiquem de prontidão”, referiu Modi, acrescentando que o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano também “deve permanecer em contacto com os Governos de Myanmar e da Tailândia”.
Entretanto, a União Europeia (UE) mobilizou o programa de observação por satélite para ajudar a socorrer as vítimas do terramoto. “Os satélites europeus Copernicus já estão a ajudar os primeiros socorristas. Estamos prontos para prestar mais apoio”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na rede social X. Garantindo “total solidariedade” comunitária, lamentou as “cenas desoladoras de Myanmar e da Tailândia após o terramoto devastador”.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos e o Centro de Geociências GFZ da Alemanha disseram que o tremor de terra foi registado em Myanmar, antiga Birmânia, às 13:30 (06:30 em Lisboa), com magnitude de 7,7 na escala de Richter.
Os efeitos do terramoto fizeram-se sentir na vizinha Tailândia, obrigando à evacuação de edifícios residenciais e de escritórios em Banguecoque. Um segundo terramoto abalou regiões na Tailândia 12 minutos mais tarde.
Myanmar está situada perto de uma zona de grande atividade tectónica devido à pressão entre a placa do subcontinente indiano, a sul, e a placa euro-asiática, a norte.
O sismo de hoje é um dos mais fortes registados nos últimos anos. Em agosto de 2016, um terramoto de magnitude 6,8 atingiu o país.