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“Os locais onde o sismo atingiu Myanmar são zonas de guerra ativa”: como se salvam pessoas num lugar de conflito?

Na antiga Birmânia, pelo menos 144 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas. Apesar de a junta militar que governa ter apelado à ajuda humanitária, há quem questione a sua capacidade de fazer chegar o apoio a quem dele precisa

RUNGROJ YONGRIT

A primeira impressão de Patrick Phongsathorn foi de que estaria a passar um camião de grande dimensão pela autoestrada. Estava sentado, a almoçar, quando o sismo que abalou Myanmar se sentiu também na capital tailandesa, onde vive.

“Eram vibrações normais, mas durou bastante mais tempo e comecei a notar as luzes a balançar acima de mim e o espelho a oscilar na parede”, descreveu ao Expresso. Pegou na filha e, com a empregada doméstica, esperaram no exterior da casa que a terra deixasse de tremer. Pelo menos nove pessoas morreram em Banguegoque e há mais de uma centena desaparecida, indicou a agência Reuters.