Nos últimos 50 anos, o povo rohingya tem sido visado por uma campanha de perseguição por parte do Estado birmanês que configura um caso de genocídio. A sua fragilidade começou na própria circunstância deste povo ser nativo de um dos estados mais pobres de Myanmar (antiga Birmânia).
Localizado na fronteira ocidental desse país, o estado de Rakhine — Arakan, segundo a tradição rohingya — fica encurralado entre a Baía de Bengala e a cadeia montanhosa de Arakan Yoma. Esse cerco geográfico isolou ainda mais esta minoria muçulmana — num país esmagadoramente budista — do resto da sociedade birmanesa.