Um total de 45 aviões e 14 navios de guerra chineses navegou ao redor de Taiwan nas últimas 24 horas, realizando manobras de fogo real ao largo da costa sul da ilha, informaram hoje autoridades taiwanesas.
O Ministério da Defesa Nacional (MND, na sigla em inglês) de Taiwan também detalhou no mais recente relatório diário a área onde os exercícios tiveram lugar, localizada a cerca de 40 milhas náuticas (74 quilómetros) a sudoeste de Kaohsiung e Pingtung.
De acordo com o mapa fornecido pelo MDN, a China utilizou sete navios militares, incluindo a fragata Huanggang, o navio de reabastecimento Qiandao Hu e o navio de transporte anfíbio Siming Shan, para efetuar manobras de fogo real nesta zona entre as 08:50 e as 15:40 horas locais (00:50 e 07:40 em Lisboa) de quarta-feira.
Taiwan condenou entretanto os exercícios militares chineses ao largo do sudoeste da ilha, que envolvem fogo real e dezenas de aviões e navios de guerra, e acusou Pequim de perturbar a estabilidade regional. "A China é o maior fator de perturbação da paz e da estabilidade regionais e a única e maior ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan e na região do Indo-Pacífico", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan.
Em comunicado, a diplomacia de Taipé instou Pequim a agir "racionalmente e com moderação" e a cessar imediatamente os atos de "provocação militar" na região.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros [de Taiwan] apela igualmente à comunidade internacional para que continue a controlar a segurança no Estreito de Taiwan e em toda a região e condene coletivamente as repetidas ações unilaterais da China", lê-se no comunicado.