A Segunda Guerra Mundial deixou duas marcas profundas no arquipélago de Okinawa: a memória de uma batalha sangrenta que causou centenas de milhares de mortos e bases militares americanas que persistem desde a ocupação dos Estados Unidos que se seguiu. Cerca de meio século depois de regressar à administração nipónica, Okinawa teme a possibilidade de voltar a estar envolvida num conflito. Desta vez, o perigo advém da proximidade geográfica a Taiwan.
“Há preocupações sérias no Japão que um conflito em Taiwan afete diretamente Okinawa devido à localização estratégica das ilhas e a alta concentração de bases militares dos EUA. A China também pode tirar partido de uma crise em Taiwan para declarar controlo sob as ilhas disputadas de Senkaku/Diaoyu, que o Japão considera parte da prefeitura de Okinawa”, observou Phillip Lipscy, diretor do ‘Centre for the Study of Global Japan’ da Universidade de Toronto e professor na Faculdade de Direito da Universidade de Tokyo, em resposta escrita ao Expresso.