O verdadeiro investimento português em Defesa constitui metade daquilo que é oficialmente reportado e reconhecido pela Aliança Atlântica. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, já disse que vai a Washington, à Cimeira da NATO — que se realiza para a semana, de 9 a 11 de julho —, com “um programa credível para atingir, em 2029, um investimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da segurança e defesa”, encurtando um ano ao objetivo do Governo anterior. O problema, no entanto, reside exatamente na credibilidade desses números: no ano passado, o orçamento executado do Ministério da Defesa foi de €2,3 mil milhões, o que corresponde a apenas 0,85% do PIB, embora nas tabelas oficiais da Aliança sejam contabilizados €4,2 mil milhões (1,55% do PIB). “Engenharia financeira”, “uma falácia” ou “contabilidade criativa” apontam duas altas patentes militares ao Expresso, que preferem manter o anonimato por estarem no ativo.
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Portugal gasta em Defesa metade do que é reportado à NATO
O investimento real em Defesa foi de 0,8% do PIB em 2023, mas no relatório da NATO aparece 1,5%. Além disso o reporte de despesa com equipamento é o triplo do que foi consagrado na Lei de Programação Militar. “Impossível”, diz uma alta patente militar