O grupo Estado Islâmico (EI) anunciou hoje a morte do seu líder, Abu al-Hussein al-Husseini al-Qurachi, morto em confrontos com outra organização 'jihadista' Hayat Tahrir al-Sham (HTS) no noroeste da Síria.
Numa gravação áudio publicada hoje na rede social Telegram, o porta-voz do EI adianta que al-Qurachi foi morto "após um confronto direto [...] numa das localidades da província de Idleb" com o HTS, antigo ramo local da Al-Qaida, sem especificar nem o local exato nem a data da sua morte.
Este grupo jihadista, hostil ao EI, estava a tentar capturar Abu al-Hussein al-Husseini al-Qurachi, acrescentou o porta-voz.
A morte já tinha sido anunciada no final de abril pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante uma operação dos serviços secretos da Turquia na Síria.
O porta-voz do grupo EI anunciou a nomeação de Abu Hafs al-Hashmi al-Qurachi como novo líder do grupo 'jihadista'.
A 30 de novembro de 2022, o grupo EI tinha anunciado a morte do seu anterior dirigente, sem especificar as circunstâncias.
Nove meses antes, em fevereiro, o seu antecessor tinha sido morto no noroeste da Síria, numa operação das forças especiais norte-americanas.
Em outubro de 2019, Washington tinha anunciado a morte do primeiro líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, também numa operação norte-americana na Síria.
O EI foi expulso em 2019 dos últimos territórios que tinha controlado na Síria em 2014, mas continua a realizar ataques.
Desde o final de 2022, o EI intensificou os ataques mortíferos na Síria, nomeadamente a partir do vasto deserto sírio, onde estão instaladas as células do grupo.