A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
Em conferência de imprensa, no quartel-general da NATO, em Bruxelas, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, anunciou o reforço da presença militar para "fortalecer ainda mais a postura" de defesa naquele flanco que faz fronteira com a Rússia.
O reforço militar não é exclusivo para a Polónia, mas o anúncio foi feito dias após uma invasão do espaço aéreo polaco por drones (veículos aéreos não tripulados) russos, que foram intercetados pela Força Aérea polaca.
Na quarta-feira, o espaço aéreo polaco foi violado por drones russos, que foram abatidos. Logo após o ocorrido, a Bielorrússia atribuiu o ocorrido à perda de rumo devido aos sistemas de guerra eletrónica. O Ministério da Defesa russo, por sua vez, afirmou que "não havia planos para atingir alvos no território da Polónia".
Para Varsóvia, a entrada de drones da Rússia no território é uma “ameaça a toda a União Europeia e à NATO”, e o Governo polaco rejeitou a tese de "falha técnica". Radosław Sikorski, ministro dos Negócios Estrangeiros, chegou a afirmar que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, precisa de perceber que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, “está a gozar com ele".