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Risco de repressão aumenta: Charlie Kirk “pode tornar-se o mártir perfeito da direita”

O assassínio do influenciador conservador Charlie Kirk, de 31 anos, abalou profundamente a base de apoio a Donald Trump, mas também pode ter aberto o caminho para uma escalada. Entre os mais radicais, ganha tração a narrativa do martírio. Muitos apoiantes do ativista morto querem retaliação

Vigília em meória de Charlie Kirk, assassinado a 10 de setembro de 2025
Jacek Boczarski/Anadolu/Getty Images

As palavras de Donald Trump após o assassínio do influenciador Charlie Kirk ajudam a explicar como o luto e o choque foram substituídos pelo revanchismo, traduzido em apelos abertos à justiça e à vingança. Se muitos nas redes sociais se regozijaram pela morte do aliado do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), sugerindo que recebera o que merecia, à direita começaram a surgir proclamações de que o país estava à beira de uma guerra civil — ou deveria estar.

Afinal, tinha sido o próprio chefe de Estado a atribuir aos discursos da “esquerda radical” a responsabilidade pelo homicídio a tiro do ativista de 31 anos, que Trump descreveu como “mártir da verdade e da liberdade”. As autoridades policiais dos EUA e do Utah anunciaram, entretanto, esta sexta-feira a detenção de um suspeito que estará ligado ao assassínio do ativista de direita. Identificado como Tyler Robinson, osuspeito terá assumido a autoria do crime.