Eram mais ou menos 10h manhã de terça-feira passada quando um grupo de sete deputados, quatro deles do Partido Conservador, se reuniu, em segredo, num escritório banal de Westminster para decidir o futuro de Boris Johnson. O antigo primeiro-ministro (2019-22) ainda não o sabia, mas ficou a saber pouco depois.
Estas sete pessoas haviam passado os últimos meses a tentar encontrar provas que confirmassem ou desacreditassem a tese de que o ex-chefe de Governo no Reino Unido mentira ao Parlamento ao negar ter conhecimento das festas que ocorreram na sua residência oficial durante os períodos mais severos da pandemia, quando milhares de britânicos estavam fechados em casa, proibidos, como em grande da Europa, de visitar até os seus familiares internados.