A Meta, empresa que detém as redes sociais Facebook e Instagram, anunciou, nesta quarta-feira, que vai restabelecer o acesso de Donald Trump ao serviço, alegando que o risco para a segurança pública "diminuiu suficientemente". As contas do antigo Presidente norte-americano foram suspensas há poucos mais de dois anos, e Trump tinha a conta mais seguida no Facebook, reunindo centenas de milhões de seguidores em ambas as plataformas, lembra o jornal “The New York Times”.
Foi um dia depois da invasão do Capitólio, a 7 de janeiro de 2021, que a Meta resolveu suspender as contas de Trump, alegando que as publicações do antigo chefe de Estado norte-americano incitavam à escalada de violência. Na mesma semana, os acessos de Donald Trump ao Twitter e ao YouTube foram também removidos. A conta do antigo Presidente norte-americano no Twitter só foi reposta em novembro.
A detentora do Facebook e do Instagram alega agora que os riscos são significativamente menores e que serão desenvolvidas proteções para “impedir reincidências” no futuro. Nick Clegg, alto representante da Meta, defende que o “público deve poder ouvir o que os políticos estão a dizer”, seja “o bom, o mau ou o feio”, de forma a ser capaz de “optar de forma informada nas urnas”. Ainda assim, Nick Clegg garante que isso não significa “que não haja limites” para o que pode ser veiculado nas redes sociais. "Quando há um risco claro de danos no mundo real, (…) nós agimos.”
Em novembro, o ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou o lançamento de uma rede social própria, denominada "Truth Social", depois de ter sido banido do Twitter, do Facebook e do YouTube. "Criei Truth Social e o grupo Trump Media e Tecnologia [TMTG] para resistir à tirania dos gigantes das tecnologias", escreveu, nessa altura.
Sobre o ex-Presidente norte-americano recaíam suspeitas de ter incitado apoiantes, através destas plataformas, antes do assalto ao Capitólio, em Washington, em janeiro.