Internacional

Marido de Nancy Pelosi recupera de ataque após cirurgia

Paul Pelosi, 82 anos, foi “atacado violentamente” com um martelo na sua residência na Califórnia. O alvo do ataque seria Nancy Pelosi, representante da Câmara dos Representantes dos EUA

Nancy Pelosi
ELIZABETH FRANTZ/REUTERS

Paul Pelosi, marido da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, depois de ter sido atacado violentamente com um martelo, na sua residência, está a recuperar de uma cirurgia a que foi submetido, refere a BBC.

O ataque ocorreu em São Francisco, na sua residência, e o intruso, David Depape, de 42 anos, terá perguntado por Nancy Pelosi, o que leva as autoridades a suspeitar que o alvo seria a presidente da Câmara dos Representados dos Estados Unidos.

Os ataques decorreram ontem, sexta-feira por volta das 9h30, hora em Portugal continental, e Paul Pelosi, de 82 anos, foi agredido com um martelo na cabeça, sofrendo uma fatura no crânio, assim como ferimentos no braço e mão direitos.

Segundo a CNN, depois de ter sido transportado para um hospital foi submetido a uma cirurgia que terá sido “bem sucedida”, afirmou Drew Hammill, porta-voz de Nancy Pelosi, num comunicado divulgado na sexta-feira à noite. Segundo a mesma nota, “os médicos esperam que recupere completamente”, referiu a CNN.

Nancy Pelosi estava em Washington DC quando ocorreu o ataque e, após ter sido informada, seguiu num voo para o hospital onde o marido foi operado.

Segundo o “The Guardian”, que cita a polícia, o suspeito irá enfrentar uma série de acusações: agressão com arma mortal e tentativa de homicídio. A BBC diz, contudo, que a polícia que investiga o ataque a Pelosi - que eles consideraram uma tentativa de assassinato - disse a repórteres que o motivo ainda não foi totalmente determinado.

Este incidente, como dá nota o “The Guardion”, aumentou os receios sobre a violência política nos Estados Unidos poucas semanas antes das cruciais eleições de meio de mandato no país, que ocorrem a 8 de novembro.

O ataque foi, prossegue o “The Guardian”, o mais recente de uma série de incidentes envolvendo ameaças de violência contra legisladores, juízes e candidatos políticos americanos.

Vários meios de comunicação dão nota da divulgação de um boletim para as autoridades de todo o país por parte do governo dos EUA, horas depois do ataque, a alertar para uma "ameaça maior" de extremismo violento contra candidatos e funcionários eleitorais movidos por indivíduos com "queixas ideológicas".

O Presidente Joe Biden descreveu o ataque como "desprezível" e denunciou um clima político corrosivo por contribuir para a violência. Durante um discurso em Filadélfia, Biden advertiu: “Basta, basta”. E acrescentou que todos devem estar de forma clara e inequívoca contra a violência, seja qual for a sua opção política.