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Espanha não mexe nas regras de nacionalidade para sefarditas, mas reforçou a vigilância a possíveis fraudes

Lei espanhola era, à partida, mais exigente do que a portuguesa. Em 2021 foram negados mais de 3000 pedidos, ao passo que só um fora rejeitado entre 2016 e 2019

Abriu a 28 de março de 2022 em Madrid uma exposição que comemora o 530.º aniversário da chegada dos judeus sefarditas à Turquia, depois de terem sido expulsos de Portugal e Espanha
Burak Akbulut/Anadolu Agency/Getty Images

Não foram detetados em Espanha, pelo menos que se saiba em público, casos de suspeitas de fraude na concessão de nacionalidade espanhola a descendentes de sefarditas, como terá acontecido em Portugal com o oligarca russo-israelita Roman Abramovich. Ainda assim, verifica-se desde há um ano um endurecimento dos procedimentos administrativos exigidos aos aspirantes a obter passaporte espanhol em virtude de laços familiares a judeus espanhóis expulsos da Península Ibérica entre 1492 e 1496.

Tanto assim é que diversas associações e pessoalidades em todo o mundo apresentaram queixas e protestos formais ao Governo espanhol. Foi recentemente o caso da congressista democrata americana Teresa Leger Fernández, que representa o Novo México no Congresso dos Estados Unidos.