A Austrália cancelou a compra de 12 submarinos franceses com motores a diesel, optando por modelos americanos a energia nuclear. Consumada a perda de 56 mil milhões de euros, Paris convocou os seus embaixadores naqueles dois países aliados. O caso gerou tal drama que chegou à primeira página de tabloides conhecidos pela cobertura de celebridades e escândalos. “Sub snub” (indelicadeza com submarinos), leu-se na edição de domingo de “The New York Post”, em alusão ao suposto complô.
“A questão de fundo é: porquê tamanho interesse?”, questiona em conversa com o Expresso, num tom provocatório, Thomas Patterson, professor de Ciência Política em Harvard. “Por que raio uma venda de submarinos à Austrália gerou tanto mal-estar?”