Internacional

Apoiante do QAnon declara-se culpado pelo envolvimento no ataque ao Capitólio

Jacob Anthony Angeli Chansley, também conhecido como Jake Angeli, é o homem que durante o ataque se tornou mediático devido à sua aparência: a cara pintada e com um fato que incluía um chapéu com chifres

Jacob Anthony Chansley
Brent Stirton/ Getty Images

O homem dos chifres que estava entre as centenas de pessoas que atacaram o Capitólio, em Washington, para impedir o Congresso de validar os resultados das eleições presidenciais que deram a vitória a Joe Biden. Este será o motivo e a forma pela qual Jacob Anthony Angeli Chansley, apoiante do QAnon, mais será conhecido em todo o mundo. Agora chegou a acordo com a Justiça norte-americana e vai declarar-se culpado do assalto ao Capitólio.

De acordo com a CBS News, Chansley declarou-se culpado esta sexta-feira de um crime de obstrução de um procedimento oficial. Ele é uma das 36 pessoas (entre as quase 600 acusadas) que se declararam culpadas.

Detido há oito meses, Chansley - que apresenta como “QAnon Shaman” - disse ao FBI que foi até Washington naquele dia para responder ao pedido do então presidente, Donald Trump, “para que todos os patriotas fossem a DC”.

Após vários pedidos para sair em liberdade, Chansley assegura que já não segue o movimento QAnon nem é apoiante de Donald Trump. A defesa diz que o homem “não é violento, é pacífico e que tem verdadeiros problemas de saúde mental”.

A audição da sentença de Jacob Chansley está agendada para novembro e este pode vir a cumprir até 51 meses de prisão (pouco menos de um ano)

As autoridades norte-americanas têm ainda em curso a investigação à invasão ao Capitólio, que aconteceu a 6 de janeiro. Os invasores destruíram várias salas da sede do Congresso e entraram em confronto com as forças de segurança, num episódio que alguns legisladores definiram como sendo uma tentativa de golpe e outros como um ato de insurreição.

A condenação do ataque foi generalizada, dentro e fora dos EUA, e Trump foi responsabilizado diretamente pelos acontecimentos como instigador da ação dos seus apoiantes, com líderes democratas a pedir a destituição do Presidente.