Internacional

Covid-19. Índia regista quase um milhão de novos infetados em apenas três dias

A Índia é o novo centro da doença com a segunda vaga a não ter previsão de atingir o pico nas próximas três semanas. Governo destaca aviões militares para recolherem o oxigénio que falta em todos os estados e principalmente em Nova Deli

Um paciente é socorrido à porta do Hospital de Calcutá
PIYAL ADHIKARY/EPA

Todos os dias a Índia bate o recorde de mortos e de número de novos infetados da véspera. A situação é desesperada nalguns estados, onde o oxigénio não chega para atender às necessidades e os hospitais estão à beira do colapso.

Na sexta-feira registaram-se 2634 óbitos e o número de novos casos chegou aos 346.786. Com 16.5 milhões de infetados, a Índia ocupa o segundo lugar mundial apenas atrás dos Estados Unidos.

As filas de doentes com covid-19 acompanhados por familiares à porta dos hospitais nas cidades mais populosas do país não param de aumentar. A Índia tornou-se no centro da pandemia ao reportar perto de um milhão de doentes nos últimos três dias.

Não há mãos a medir com esta segunda vaga de coronavírus, não se prevendo que atinja o pico antes de três semanas. Os hospitais têm falta de stock de oxigénio quando se regista uma morte por covid-19 a cada quatro minutos. Especialistas defendem que os números oficiais são bastante mais baixos do que os reais.

Nova Deli está a viver a situação mais desesperada, com apelos feitos pelo governo da cidade aos estados mais afastados para que enviem oxigénio. Acusado de falta de preparação após a primeira vaga, o Governo central destacou aviões militares para recolherem stocks de oxigénio em todo o país.

Pelo menos 20 pacientes da unidade de cuidados intensivos do Hospital Jaipur Golden de Nova Deli morreram na noite de sexta para sábado devido à “baixa pressão do oxigénio” na unidade, reportou o jornal “Indian Express”.