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Hong Kong: “Confesso-me culpado, mas não fiz nada de errado”

Dez figuras históricas do movimento democrático foram condenadas a penas até 18 meses de prisão por terem participado nos maiores protestos contra o Governo da história da região. Garantem que “a luta continua”. Representantes do magnata Jimmy Lai e do antigo deputado Lee Cheuk-yan falam de “purga” e do fim do Estado de Direito

Apoiantes do regime chinês manifestam-se á porta do tribunal contra os opositores pró-democráticos de Hong Kong, a 16 de abril de 2021
Anthony Kwan/Getty Images

Catarina Brites Soares, em Macau

São as caras mais visíveis da geração pioneira na luta pela democratização de Hong Kong. Martin Lee, Jimmy Lai, Margaret Ng e Lee Cheuk-yan são quatro dos dez protagonistas do movimento pró-democracia condenados por organização e participação em “assembleias não autorizadas”, na passada sexta-feira.

Os políticos e ativistas receberam penas superiores a um ano de prisão por envolvimento nas manifestações de 2019 contra o Governo. Em entrevista ao Expresso o braço-direito de Jimmy Lai, Mark Simon, fala de fim. “O Estado de Direito e a liberdade de imprensa foram destruídos, ao ponto de Hong Kong já não poder ser considerada uma cidade internacional”.